Delegado usa munição de festim para deter motociclistas


Um jovem de 18 anos foi preso nesta terça-feira (7) em Pitangui, depois de tentar fugir de um cerco policial. Na ocasião, o delegado Diógenes Caldas, da Polícia Civil (PC), efetuou disparos contra um grupo de motoqueiros que praticava manobras perigosas. Segundo ele, a munição era de festim. O delegado regional, Irineu José Coelho Filho, disse que abrirá sindicância para investigar o caso.

A Polícia Civil afirma que grupos de motociclistas têm praticado constantes crimes de direção perigosa perto da Praça João Maria de Lacerda, no Centro, onde ficam a delegacia e a Prefeitura da cidade. O quartel da Polícia Militar (PM) também fica próximo.

Para coibir essa prática, foi preparada uma operação. "Distribuímos policiais no início, no meio e no fim da via. Quando um grupo de cerca de cinco motoqueiros passaram, anunciamos a abordagem. Eles tentaram fugir e, para tentar contê-los, efetuei três tiros com munição de festim, que apenas imitam o som das munições de verdade e não ferem. O uso desse recurso é um jeito que a polícia tem de dispersar quem promove algazarras", explicou o delegado Diógenes Caldas ao G1.

Fuga
Assustados pelo barulho de tiros, os motociclistas aceleraram e tentaram fugir. Alguns, conseguiram. Outro, um jovem de 18 anos, acabou batendo na moto de um policial que atuava no cerco.

Os dois ocupantes caíram no chão e foram atendidos pelo Grupo de Atendimento Voluntário Emergencial (Gave) e conduzidos à Santa Casa da cidade, com ferimentos leves. "O jovem de 18 anos teve uma lesão no tornozelo, causada pela queda. O policial teve ferimentos no punho e na mão", informou o socorrista Edson Souza.

Invetigação
A ocorrência não chegou a ser registrada pela PM. A própria Polícia Civil documentou o ocorrido. Ainda segundo o delegado Diógenes Caldas, o rapaz detido responderá por vários crimes, entre eles o de risco a terceiros e o de desobediência.

O G1 questionou o delegado regional Irineu José Coelho Filho, chefe de Diógenes Caldas, a respeito da ação. De acordo com ele, ainda não é possível saber se houve abuso de autoridade por parte do policial. "Será aberta uma sindicância para apurar esse fato. Se for constatado o abuso, ele vai responder de acordo com a lei", informou.

Esta reportagem foi publicada originalmente no G1.

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